Desigualdade salarial diminui no setor formal, mas desemprego ainda afeta grupos específicos, revela estudo do Ipea
Boletim do Ipea aponta queda de 20% na desigualdade salarial no setor formal entre 2007 e 2019, mas taxas de desemprego persistem, especialmente entre mulheres e grupos étnicos.
O Boletim Mercado de Trabalho do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), em sua edição número 76, apontou uma redução significativa de 20% na desigualdade salarial no setor formal da economia brasileira entre 2007 e 2019. Contudo, mesmo com a taxa de desemprego atingindo 8% até o segundo trimestre de 2023, persistem disparidades consideráveis, com taxas mais elevadas entre mulheres (9,6%) e grupos étnicos como negros, pardos e indígenas (9,5%).
Os dados analisados, provenientes da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD) do IBGE e do Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged) do Ministério do Trabalho e Emprego, revelam uma trajetória de queda no desemprego, mas destacam a importância de considerar a persistência das desigualdades. Além da análise sobre a desigualdade salarial e desemprego, o boletim aborda questões como políticas de emprego, saúde do trabalhador, economia solidária e agricultura familiar, oferecendo insights valiosos para a formulação de políticas públicas e reforçando a necessidade contínua de equidade no mercado de trabalho brasileiro.